sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Festas de fim de ano sem fronteiras

Oi, pessoal. Quanto tempo não? Pois é, ando meio desligado do blog. Os peço desculpa pela ausência de posts vindos de minha pessoa, tentarei manter um ritmo constante de postagem a partir de agora. Bom, hoje irei falar como foram as minhas festas de fim de ano aqui na Espanha e o que de interessante aconteceu nessa época tão especial do ano.

Confesso o fim do ano foi bastante difícil pra mim, senti muita saudade da família e amigos. Pela primeira vez estava sem minha mãe pra me dar um abraço no dia 31/12. Não participei da tradicional ceia que meu tio faz todo ano na casa da minha avó, que fez aniversário no dia 25/12. Não me reencontrei com os primos que vejo anualmente e que sempre tem muitas coisas boas para contar. E por aí vai. No entanto,  muitas coisas boas também aconteceram e é isso que irei contar no post de hoje.

A ceia dos sem fronteiras

Primeiramente tenho que dizer que fiz e continuo fazendo grandes amizades nessa minha estadia aqui na Espanha. Conheci aqui pessoas de todos os cantos do Brasil com dos mais variados tipos e com diferente sotaques, sendo que,  hoje posso dizer que essas pessoas são como uma família para mim. São pessoas que estão presentes nas horas boas e nas ruins e que compartilham dos mesmos sentimentos. Todos os 30 brasileiros que estão aqui desde Setembro estudando na UMH mantém uma relação de amizade. O fato da cidade ser pequena só ajuda.
Uma semana antes do natal decidimos fazer uma pequena ceia adiantada, fizemos isso pois nem todo mundo estaria na cidade no período natalino devido as viagens de final de ano. Também organizamos um amigo secreto para ninguém passar o natal sem presente. 
No dia da festa, que aconteceu no meu apartamento, era tanta gente que não havia cadeira para todos. A festa foi tão boa que começou na hora do almoço e só terminou as 02:00 da manhã. Conversamos, rimos, brincamos e principalmente comemos.
Comemos tudo o que tínhamos direito, até farofa, coisa que bastante difícil de se achar aqui, comemos.
O único prato que deu um pouco de trabalho para ser feito foi o peru, pois aqui diferentemente do Brasil eles vendem a peça de peru inteira sem temperar e com cabeça ainda mais. Depois de comprar o peru nenhum dos brasileiros sem fronteiras sabia como temperá-lo, mas no final tudo deu certo. 

Brasileiros participantes do CSF UMH
Nossa ceia
Já na véspera de natal fizemos outra ceia,  essa apenas com os brasileiros que haviam ficado na cidade. Assim como a festa anterior houve muita comida boa, destaque para o acarajé, e muita dança no Wii. Demos altas risadas ao ver a performance dos nossos colegas dançando Black Eyed Peas Experience. Nesse dia também realizei um sonho: - Nossa, o que será? É uma coisa meio besta, mas pra mim, não sei porque razão, era importante. Tinha vontade de tomar champagne, e tomei nesse dia, porém confesso que não vi muita diferença entre ele e a sidra Cereser.

No dia 24 falei muito  pouco com meus familiares, pois eles estavam no interior do Piauí e lá a internet não funciona muito bem, sendo que, a única forma de falar é por telefone. Liguei apenas pra desejar um feliz natal. Estava de corpo presente aqui na Espanha, mas minha mente passou o dia inteiro lá no Brasil. Perguntas do tipo: - Será que a ceia vai ser boa? Será que o pernil já ficou pronto? Será que a vó vai sentir falta de mim? Será que o pessoal já chegou na festa? Será que já começaram a entregar os presentes? Será que a mãe está triste? etc... Não saíam de minha cabeça. Saudades era o que me definia naquele dia.

Nossa segunda ceia


O Reveillon

Ao chegar o dia 31/12 era hora de viajar pra Valência, cidade que pra mim é mais que perfeita, para lá comemorar o ano novo. Chegamos em Valência a tarde e pra não perder o costume nos perdemos ao sair da estação de ônibus. Foi a maior luta para conseguir encontrar o apartamento que iríamos ficar hospedados.
Partida pra Valência

Chegamos, nos alojamos, era hora de sair pra conhecer a cidade, e também perguntar a algum morador local onde seria a queima de fogos já que estávamos na véspera de nochevieja. Descobrimos que a queima de fogos seria na praça da prefeitura da cidade  (plaza del ayutamiento), ainda bem que o apartamento era a apenas dois quarteirões do local.
Chegamos na praça as 23:59, começa a contagem regressiva para a chegada de 2013, havia muitas pessoas na praça. Todo mundo ansioso e olhando para o céu a espera da queima dos fogos. O relógio da prefeitura anunciou a chegada de 2013, e lá ficamos durante dez minutos a espera de algo especial. E nenhum sinal de fogos de artifício no céu.

Prefeitura de Valência
Quando as pessoas perceberam que não haveria nada começaram a voltar para suas casas, quando de repente, alguém solta uma daqueles foguetinhos de São João. Todo mundo volta correndo e alguém grita bem alto: -Vai começar (Vá a empezar). Ficamos lá novamente olhando para o céu, porém não passou de um alarme falso.
E assim, eu e meus amigos voltamos pra casa "aburridos" sem ter visto um fogo de artifício nos céus de Valência. Eu sinceramente achei um absurdo, até no Porto Alegre eles soltam fogos e aqui na Espanha não, fiquei realmente chateado. Porém depois me explicaram que devido a crise a Espanha não havia investido na queima de fogos em 2013 e que o problema também aconteceu em outras cidades como Barcelona e Madri. Pra mim não houve mais comemoração, estava bastante cansado da viagem e o melhor que tinha a fazer era dormir pra no dia seguinte aproveitar Valência. Era hora de dormir. Mas tenho que admitir que estava no Reveillon estava me sentindo melhor que natal. Acho que isso aconteceu porque estava muito feliz com a viagem pra Valência e a posterior ida pra Barcelona.

 No próximo post falarei das minhas impressões sobre Valência e Barcelona e contarei o que fiz por lá.

Hasta la próxima. o/

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